A direção estadual da Corsan está analisando a possibilidade de multar a empresa Sul Cava, responsável pelo serviço de escavação da rede de esgoto de Camobi, por causa da paralisação das atividades. Segundo o superintendente da Corsan em Santa Maria, Júlio do Espírito Santo, ainda não há uma definição em relação à aplicação da multa, mas a tendência é de que alguma medida neste sentido seja tomada.
- Provavelmente deveremos entrar com uma multa. Se a empresa não retomar as obras, vamos rescindir o contrato - explicou o superintendente.
Conforme Espírito Santo, a multa que pode ser aplicada pode corresponder a 5% do valor do contrato com empresa, que é de R$ 14,5 milhões. Sendo assim, a multa aplicada na empresa seria de R$ 725 mil.
Empresa rebate e acusa
Conforme Dagmar Zanini, que faz parte da direção da Sul Cava, desde o início do contrato a empresa tem de arcar com o custo de itens que não constam no contrato original. Zanini cita o percurso para o transporte de tubos de concreto usado na obra, que é feito pela empresa. Segundo ele, no contrato é especificado que esse percurso seria de 4 quilômetros. Mas, na realidade, a direção da Sul Cava alega que percorre 20 quilômetros para fazer esse transporte e, com isso, perde dinheiro.
- Pedimos aditivos para resolver esse impasse. Comunicamos a Corsan. Além disso, temos problemas com insistentes pedidos da Corsan que pede para que usemos material de baixa qualidade para baratear o custo da obra - reclama Zanini.
Dos 73 quilômetros da tubulação, que serão colocados em Camobi, a Sul Cava fez quase 8 quilômetros de rede de esgoto. A obra, que deve ser entregue no início de 2016, está orçada em R$ 36 milhões.